ONDE VOCÊ SE ENCAIXA?
- Ale Ribeiro
- 9 de fev. de 2023
- 2 min de leitura

Qual estilo de música você curte?
Assim como eu, você já deve ter respondido essa pergunta algumas vezes. Afinal de contas, a gente sempre acaba se identificando com um gênero ou outro.
Particularmente, considero isso algo muito chato, pois nos obriga a comparar e a escolher um gênero, definindo somente um estilo como melhor. Pode reparar que isso não acontece só com a música, mas também com a literatura, filme, time de futebol, comida, cor e por aí vai...
Porém, uma coisa é certa: na verdade tem pouco a ver com estilo musical e muito com a nossa tendência de colocar em caixinhas tudo que observamos no mundo.
Adoramos colocar as pessoas em caixas definidas e nos colocamos dentro delas também, porém, “encaixotar” acaba limitando, aprisionando e impondo determinados comportamentos e interações.
Não é porque eu curto AC/DC que eu só curto rock, não é porque eu curto Moby que eu só curto música eletrônica, não é porque eu curto Alabama Shakes que eu só curto blues, não é porque eu curto Gilberto Gil que eu só curto MPB. Restringir as coisas que a gente curte, seja um gênero musical, uma posição, um cargo, uma profissão ou uma habilidade, engessa a nossa capacidade de ter boas ideias, de criar e de inovar.
Provavelmente [seja em casa ou no trabalho] fazemos milhares de escolhas diariamente usando indicadores, medidas, regras, técnicas e ferramentas que podem não estar mostrando a melhor forma de viver e de trabalhar. É preciso olhar para fora das caixas e além delas quando falamos de coisas e de pessoas se quisermos viver de um jeito mais saudável, leve, inclusivo e colaborativo.
Não resuma a sua vida ou seu trabalho a uma única onda, decida o que é importante para você, seja sempre um aprendiz e siga curtindo as diferenças. Afinal, ninguém nasceu para ser uma coisa só na vida.
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