FELIZ ANO NOVO
- Otilia Ribeiro

- 4 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

No fim do ano passado, conversávamos sobre qual seria a nossa mensagem de fim de ano, para além do tradicional “Feliz Ano Novo”.
Foi então que começamos a pensar com carinho em cada uma das palavras que compõem esse hit de fim de ano - que tem seu charme e carisma - e decidimos transformar cada uma delas em reflexões úteis para a jornada em 2024. Bora lá!
Feliz por livre e espontânea pressão
Somos pessoas consumidoras de felicidade e colocaram em nossas cabeças que a pessoa que não possui esse bem estará fora do mercado afetivo e profissional.
Com tantos cenários instagramáveis, a cobrança de estar e parecer feliz é cada vez mais exacerbada. Só que a obrigação da felicidade acaba nos deixando... tristes. Louco, né?
Nossa sociedade está focada em identificar os tais desejos por felicidade e oferecer produtos e serviços para esses desejos. O consumo desses “bens” traz uma breve sensação de bem-estar e segurança.
O efeito disso é que acabamos aceitando facilmente tudo que vem ao invés de refletirmos sobre quais são as nossas verdadeiras necessidades e como nos sentimos no caminho entre cada um de nós e a nossa felicidade. Estudos demonstram que as pessoas ficam mais satisfeitas com a vida quando se permitem sentir o que querem sentir, mesmo que sejam emoções negativas.
Nesse rolê, o que conta é a sua experiência real - aquela que nos faz sentir, reconhecer e avaliar sensações e pensamentos - pois quanto mais ignorarmos nossos sentimentos, menos teremos habilidade de lidar com eles.
E o que você fez?
Em um ano queremos encaixar todas as nossas metas, tanto pessoais como corporativas. No entanto, algumas vezes nossos planos têm um desfecho diferente do que esperávamos.
E aí vem a cobrança... Já não basta a cantora Simone perguntando “o que você fez”?
Além de não termos controle sobre uma série de fatores, costumamos não valorizar um ponto muito importante em qualquer meta: o processo. Ou seja, deixamos de absorver diversos aprendizados simplesmente porque as coisas não saíram como planejado.
Ao invés de ficar se cobrando pelo que aconteceu (ou não!), que tal valorizar as conquistas do dia a dia e tentar compreender de forma honesta o que pode ser feito diferente?
Ano novo, vida nova?
Quem não gosta de uma novidade, não é mesmo? Um novo cargo, um novo desafio, uma nova viagem, uma nova série de TV... Há quem tenha verdadeira obsessão pelo novo, ainda mais no mundo atual onde há abundância de recursos e informações. Somos seres curiosos por natureza e coisas novas – principalmente quando compartilhadas por um grupo – trazem uma sensação de conforto e pertencimento.
Mas antes de sair por aí consumindo tudo de novo - que serve e que não serve para você - que tal olhar para o presente e o passado? Pode parecer louco, mas esse é um grande e exercício sobre o que pode vir a ser o futuro: avaliar o nosso repertório para entender o que vem por aí, o que faz sentido RENOVAR e quais NOVAS EXPERIÊNCIAS gostaríamos de vivenciar.
Que em 2024 todas as pessoas possam viver a sua própria felicidade de forma “civilizada e criativa”, construindo suas metas de forma realista e honesta, e que tenham a oportunidade de cultivar experiências significativas, valiosas e genuínas.
Enfim...FELIZ ANO NOVO!






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