AJUDA É O 42
- Otilia Ribeiro
- 14 de ago. de 2023
- 2 min de leitura

Certa vez em Lisboa, em uma mercearia que adoramos, a moça que nos atendia estava na gentil tarefa de nos abrir uma garrafa do bom vinho da casa. Seu companheiro, provavelmente na incerteza de que ela teria sucesso nessa tarefa, ofereceu ajuda para abrir a garrafa e ela logo lançou uma recusa, com estilo:
– Ajuda é o 42! - fazendo referência ao ônibus que leva ao bairro da Ajuda, na capital portuguesa.
Pronto. Agora você já entendeu o título desse artigo.
Caprichos literários à parte, o tema aqui é a relação de ajuda e a forma como ela é oferecida.
O primeiro ponto importante é saber que não podemos realmente ajudar se não soubermos o que a pessoa precisa. Ou se precisa. Ou até mesmo se deseja ser ajudada.
Como Consultora de Desenvolvimento Humano e Organizacional, entendo a importância de compreender qual é a questão da cliente ou do cliente com profundidade, a fim de saber qual tipo de ajuda é necessária e se a pessoa ou a organização tem real interesse em receber essa ajuda. Edgar Shein, um verdadeiro pioneiro no campo da cultura organizacional e autor de “Princípios da Consultoria de Processos”, define que para o processo de ajuda ter sucesso o “único pré-requisito é que alguém queira melhorar a maneira como as coisas estão e se disponha a buscar ajuda”. Ou seja, ele nos convida a construirmos um entendimento do sentido da ajuda.
E esse entendimento só é possível através da pergunta.
Quando o assunto é desenvolvimento de equipes, uma liderança preparada para fazer as perguntas certas – aquelas que trarão real consciência dos pontos a serem desenvolvidos e que abrem uma visão compartilhada sobre o que precisa ser mudado – é uma liderança que demonstra confiança e encoraja o crescimento da equipe.
Como você, líder, avalia a qualidade das suas perguntas? Ou seja, como essas perguntas podem ajudar - de fato - as pessoas de sua equipe a se desenvolverem?
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