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A JORNADA É DA HEROÍNA

No dia 8 de março, dia que honra as mulheres que iniciaram a luta por melhores condições de trabalho e de vida, nós aqui do ao quadrado escolhemos fazer uma postagem em referência à visão de Maureen Murdock sobre o modelo arquetípico que descreve a experiência cíclica feminina: A Jornada da Heroína.


Confesso que essa ideia surgiu a partir das pesquisas que estamos realizando para a reinvenção de um de nossos programas (aguardem novidades!), mas aparentemente esse arquétipo é ainda pouco conhecido, pois chegaram a me questionar se eu havia feito uma adaptação de nome para a já famosa “Jornada do Herói”, de Joseph Campbell, apresentada ao mundo no seu livro “O Herói de Mil Faces”.


Quem me dera...


Maureen Murdock - que era aluna de Joseph Campbell – foi quem desenhou esse modelo depois de dar um “olé” no seu orientador, que havia dito que “as mulheres não precisam fazer a jornada”. Segundo ele, “tudo o que ela precisa fazer é entender que ela já é o lugar que as pessoas estão tentando alcançar. Quando uma mulher entende qual é o seu caráter maravilhoso, ela não se deixa confundir com a ideia de ser um pseudo-homem”. Oi?


Em seu livro “A Jornada da Heroína: a busca da mulher para se reconectar com o feminino”, a autora relata que não ficou nada contente com a resposta de Joseph Campbell. E por essa razão a frase da Maureen é tão significativa:


Pessoa segura um espelho que reflete seu olhar.
Photo by Vince Fleming on Unsplash

“Tudo é possível para as mulheres quando encontramos nossa voz, honramos nossa identidade (...) numa postura de orgulho e reconhecimento da sacralidade do feminino.” - Maureen Murdock.


Com essa afirmação, ela prova que é sim possível escrever uma jornada que represente o caminho de autodescoberta da mulher contemporânea e que aborde desafios específicos vividos por todas.


Ambas as jornadas são amplamente utilizadas na construção de histórias (mais um spoiler sobre o porquê da nossa pesquisa) mas qual a principal diferença entre elas?

Sinto que a Jornada da Heroína tem um viés mais determinante de autoconhecimento e rompe com preconceitos e estereótipos que estão presentes ainda hoje na trilha de grande parte das mulheres. A Jornada do Herói, por outro lado, envolve conflitos mais externos, como a superação dos desafios que surgem no meio do caminho até a conquista de um ideal.

Ambos os arquétipos podem servir de inspiração para as pessoas - sejam elas heroínas ou heróis - que enfrentam as pressões do ambiente sem abrir mão de seus ideais, assumindo o protagonismo de sua própria história e de sua experiência de vida para, assim, fazer a real mudança acontecer.


Prontas e prontos? Vem com a gente!

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